Segregaçaõ social -Parte II

Em sequência do post anterior, e já que colocaram o dedo na ferida, este era um assunto que andava a evitar, mas fica um bocadito dificil contorná-lo.

Se acharam o post anterior Xenofobo, então o que irão achar deste. Talvez tenha começado pela questão anterior por que esta afecta-me mais o bolso do que propriamente a alma ou o coração, mas não deixa de ser igualmente relevante socialmente.

E voltamos ao exemplo dos ciganos, que não deixa de se parecer com o dos chineses.

Nesta feirinha que visitei este fim de semana no Norte do país, igual a muitas outras e essas outras de maior dimensão, podem encontram artigos de "marca" - falsificações ou não, ao preço da chuva.

Desde Dior a D&G, passando por Polo Ralph Lauren e até Carolina Herrera, tudo se pode encontrar. Se nos óculos de sol é fácil e em alguns casos até mesmo evidente a falsificação, nas carteiras e texteis, já não se pode dizer o mesmo.

Pois é. Podem adquirir um belo exemplar de marca, desde de polos, t-shirts, gangas, tudo pela módica quantia de 3€. Nem mais nem menos. Cada peça a 3€.

Meus amigos, 3€ não paga sequer o feitio de nenhuma das peças lá exposta. Por isso aqui se coloca a questão - Onde é que estes senhores arranjam estas peças. Mesmo que as importem da china em quantidades colossais, elas não chegam cá a este valor (não se esqueçam sempre dos custos de produção e transporte das mesmas).

Sabem o que é que faz a polícia fiscal. Nada. Simplesmente nada.

Fizeram uma rusga há 15 dias e advinhem quantos é que foram apanhados?!!! Nenhum, claro está. Não havia marcas expostas. Vá-se lá saber porquê.

Este fim de semana andavam dois policias calmamente a ver a feira e a zelar para que tudo corresse pelo melhor. Tudo exposto. E querem saber quantos fiscais é que apareceram - 0.

Não entendem porque é que há empresas - industria - a fechar todos os dias, pois não?!

Querem mais. Caso não saibam os lugares de feira são pagos, pelos coitados, tótós, dos feirantes todos menos pela ciganada.

Mais exemplos para não me acusarem de xenofobia apenas contra os ciganos, então fica um pouco de xenofobia contra os amarelos.
Todas as cotas de importação textil estão tomadas por chineses e as dos próximos anos já foram adquiridas e usadas. Por isso era suposto não entrar nem mais um contentor com texteis vindos da ásia. Mas não é isso que se vê, pois não?!!!. Cada vez há mais lojas de asiáticos que abrem paredes meias com concorrentes nacionais, vendem as cópias das marcas ao preço da chuva, copram superficies comerciais com areas de grande superficie, mas não pagam nem um tusto à câmara para abrirem aos fins de semana como fazem algumas areas comerciais nacionais.

Mais, querem mais. Ainda têm ajuda do estado para implementarem o negócio na nação. Como eles tão bem apelidam de "ajuda ao investimento externo". Para fixar empresas em Portugal.

E o Português, esta grande nação que nós somos, acolhedora, amiga, recebêmo-los a todos, e ajudamo-los a crescer, e tiramos o pão da nossa boca para meter na deles.

Será demasiado pedir que, já que somos tão solidários, e até temos a boa vontade de os querer integrar na nossa sociedade, que pelo menos não tentem lixar-nos a vida...

Qualquer dia não passaremos de um país onde se vive apenas do Turismo e Serviços, porque nos vão comer as papas na cabeça e vão acabar com a pouca industria que nos resta. Mas tudo bem. Muito mais haveria a dizer mas...

... acho que por hoje já chega de Xenofobia.

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