O que é o amor afinal?
Alguém me dizia há dias, acreditar que existem várias formas de gostar, "mas amor, amor", "já não se usa"! Reforçando a ideia de que amor verdadeiro estaria algo próximo das narrativas de um Camilo Castelo Branco, um Eça de Queiroz ou uma Sophia de Mello Breyner.
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Credit Photo: unsplash: Shelby Deeter XlBjdtRqK8 |
"Isso sim, era amor". Concluiu!
É verdade que vivemos tempos diferentes, tempos de enormes desafios para o crescimento humano, vivemos a era digital que inibe o contacto mais pessoal e direto das pessoas. Perdeu-se de alguma forma o jeito para comunicar olhos nos olhos, a delicadeza e inocência do tocar, o romantismo e erudição da conquista, o saber esperar. Tudo é descartável, e tudo é para ontem, e perdeu-se aquele friozinho na barriga, as chamadas borboletas no estômago, que acompanham os primeiros momentos da descoberta e da conquista. Hoje tudo é efémero!
Mas será que somos incapazes de amar com essa intensidade e profundidade dos romances dos poetas?!
Ou será que nos habituamos a essa droga do prazer rápido que evitamos aceder à dor de não sermos correspondidos no nosso Amor?!
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